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quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

As situações em que se encontrava Nínive quando Deus a julgou

As situações em que se encontrava Nínive quando Deus a julgou
Naum 3.1-19

Introdução
1.Nínive era cruel demais com seus inimigos, torturando-os antes de matá-los, arrancando-lhes a língua, vazando-lhes os olhos.

2.A derrota de Nínive se deu por mãos divina: Os medos e babilônios sitiaram a cidade por dois anos, quando inesperadamente, a inundação do rio Tigre derrubou uma parte do enorme puro protetor e, assim, o exército entrou e conquistou Nínive.

3.Naum profetizou isso 20 anos antes (Na 2.6). Os muros de Nínive tinham 30 metros de altura e eram
bastante largos. Havia 1500 torres de vigia para a defesa. Uma vala de 50 metros de largura por 30 metros de profundidade circundava a cidade.

4.O capítulo 3 de Naum revela quais foram os motivos porque Deus destruiu a cidade. 150 anos antes Deus perdoou a cidade porque esta ouviu a mensagem de Jonas e se converteu.

Antes do juízo de Deus há situações que prevêem a queda
As situações em que se encontrava Nínive quando Deus a julgou

I.A situação de mentira, violência e roubo (v.1-3)
1.Nínive conquistava as cidades torturando os seus cativos. A violência é uma covardia, pois não deixa chance para as pessoas se defenderem a não ser com mais violência. Portanto, violência gera violência (v.1).

2.Nínive era uma cidade mentirosa no comércio e nos julgamentos. Os poderosos se estabelecem, muitas vezes, sobre a mentira. A mentira é um desvio do caráter e se não for corrigida logo se transforma em estilo de vida. Além da violência e mentira Nínive vivia do roubo, pois se enriquecia com os despojos das nações (v.1).

3.Esse é um aviso para uma sociedade. Quando a mentira, a violência e roubo são parte da sociedade, o juízo pode estar próximo. Individualmente, também, precisamos observar se não somos mentirosos, violentos e fraudulentos nos negócios.

4.Nínive ouviria os inimigos e os cavaleiros matando sem cessar o povo ninivita. Sofreram a violência que tanto os divertiu.

II.A situação de prostituição e feitiçaria (v.4-7)
1.Nínive atraía muitas pessoas por causa de suas riquezas e construções elegantes, mas também, por causa das prostituições. Uma sociedade está chamando juízo para si mesma quando há um incentivo à degradação sexual (v.4).

2.A feitiçaria é um pecado que afronta Deus diretamente, pois só Ele é o doador da vida e quem se envolve com feitiçaria se envolve, também, com a necromancia e ninguém tem o poder de lidar com aqueles que já partiram deste mundo. Nínive desfazia reinos seduzindo os moradores com sua prostituição e feitiçaria (v.4).

3.As sociedades estão em decadência quando o espiritismo e a prostituição são permitidos por detrás de fachadas aparentemente lícitas como o mundo artístico que promove os dois pecados sem nenhuma censura, pois conseguiram abolir a censura.

4.Assim como Nínive incentivou a prostituição, Deus a envergonharia expondo a sua nudez ao mundo. Os povos buscavam em seus feiticeiros o consolo para as suas doenças e problemas, mas agora, fugirão do juízo que está em Nínive (v.5-7).

5.O crente deve fugir da prostituição e de tudo o que é imoral. A nossa fé está alicerçada na Pessoa de Jesus Cristo e, portanto, fugimos de toda a idolatria e feitiçaria, também.

III.A situação semelhante ao Egito (v.8-10)
1.Parecer-se com o Egito em sua glória era o desejo de todas as nações, mas Nínive está parecida com o Egito em sua queda. A cidade de Nô-Amom ganhou este nome por causa de Cão, filho de Noé e Amom, que era como chamavam Júpiter, um planeta que era adorado. Portanto, era uma cidade idólatra e totalmente protegida pelo mar Mediterrêneo, o Mar Vermelho e o rio Nilo (v.8).

2.Nínive era semelhante a Nô-Amom, pois era protegida pelos grandes rios Tigre e Eufrates. A sensação de segurança faz as pessoas serem arrogantes, mas é uma falsa sensação e um sintoma de que a queda está próxima.

3.Os habitantes da Mauritânia (os de Pute) e os líbios eram o refúgio de Nô-Amom, assim como todo o Egito e a Etiópia. Não havia, aparentemente, nada a temer. Estavam totalmente protegidos, mas não suportaram os caldeus. Nínive, também, estava em perigo, mas pensava que estava totalmente protegida (v.9-10).

4.Não apenas a mentira, a violência, o roubo, a prostituição e a feitiçaria são prenúncios de queda, mas a arrogância como o Egito são um forte aviso de que o juízo está por vir.

IV.A situação irremediável (v.11-19)
1.Poucos têm medo que a sua situação esteja chegando a um ponto de ser irremediável. Sempre se pensa que ainda a queda é algo muito longe e que não precisamos nos preocupar. Satanás engana aqueles que estão caindo.

2.Nínive será embriagada com o cálice da ira de Deus. Assim como um bêbado foge, temendo os seus inimigos imaginários, Nínive fugirá, mas de inimigos reais, os caldeus e os medos (v.11).

3.A cidade de Nínive era muito famosa por suas fortalezas e muralhas. Mais de 1500 torres de proteção serão insuficientes, pois embora os exércitos não tinham acesso, o rio Tigre se tornou incontrolável com sua enchente e acabou derrubando uma parte da muralha, deixando a cidade vulnerável. Os muros balançaram como figueiras com figos maduros. Os inimigos não fizeram nada além de receberem o presente do rio Tigre e conquistarem a impenetrável Nínive (v.12).

4.Os soldados ninivitas são como mulheres, ou seja, não oferecem resistência e as portas estão escancaradas diante dos exércitos. Não havia remédio para Nínive. A situação se tornou irremediável (v.13).

5.A situação é desesperadora, pois é como se Nínive podia, agora, diante da invasão, amassar barro para fazer tijolos e consertar a muralha para se proteger. Não há nada que se possa fazer para segurar as águas quando estas chegam (v.14).

6.O exército de Nínive era muito grande e se multiplicava como os gafanhotos, mas morrerão como os gafanhotos pelos exércitos da Babilônia e da Média (v.15).

7.Nínive era a capital da Assíria, muito forte no comércio, mas os seus negócios nada serão diante do juízo de Deus, pois os exércitos inimigos serão como uma nuvem de gafanhotos que devora uma plantação, ou seja, todas as riquezas de Nínive serão roubadas (v.16).

8.O profeta Naum continua com a ilustração dos gafanhotos e diz que os príncipes serão como os gafanhotos que estão nas plantações na noite fria, mas quando vem o calor voam e não aparecem mais. O povo de Nínive ficará sem liderança no momento mais crítico de sua história. Quando a situação se torna irremediável não há líder que possa ajudar. Os problemas e pecados devem ser tratados, pois tudo fica mais difícil quando a situação se torna crítica e quase sem solução (v.17).

9.Nínive se tornou como ovelhas esparramadas nas montanhas enquanto os pastores dormem e não cuidam. Alguém sob o juízo de Deus está em perigo constante, pois está desprotegido do Sumo Pastor (v.18).

10.A situação de Nínive é irremediável. Tantos os que sofreram nas mãos dos assírios estão se regozijando. 150 anos atrás, o profeta Jonas aplaudiria, também. Nínive foi má para todos e, agora, todos vêem a sua queda (v.19).

Conclusão
1.Baseado nos exemplos bíblicos e até na observação podemos ver que antes da queda sempre há avisos e sintomas. Nínive, por exemplo, já estava dando sinais gritantes de sua queda. A mentira, a violência, a prostituição, a feitiçaria e a semelhança com o Egito fizeram que a situação se tornasse irremediável.

2.Cada pessoa deve, diante de Deus, observar se sua vida está dando sinais de uma possível queda. Cada pessoa deve perceber suas tendências para ver se essas não a estão levando a uma situação irremediável.

Pércio Coutinho Pereira, 03/04/2004