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quarta-feira, 15 de novembro de 2023

 


                                          A GLORIOSA MARCHA DO REINO DE DEUS 





 


“Disse ainda: o reino de Deus é assim como se um homem lançasse a semente à terra; depois dormisse e se levantasse, de noite e de dia, e a semente germinasse e crescesse, não sabendo ele como. A terra por si mesma frutifica: primeiro a erva, depois, a espiga, e, por fim, o grão cheio na espiga. E, quando o fruto já está maduro, logo se lhe mete a foice, porque é chegada a ceifa” (Mc 4.26-29).

           

O reino de Deus é a mensagem central de Jesus. Ele usou três parábolas para falar acerca da semente: a parábola do semeador, a parábola da mostarda e esta parábola do poder intrínseco da semente. Há nesta última parábola, só registrada pelo evangelista Marcos, algumas lições que passo a destacar:

           

Em primeiro lugar, o imperceptível começo do reino de Deus (Mc 4.26). O texto começa dizendo que assim é o reino de Deus. Não se trata aqui do reino futuro que há de vir, mas do reino que já é. O reino de Deus já está presente no governo de Cristo no coração de todos aqueles que nele creem. Como esse reino pode crescer em nós? Primeiro, é necessário que haja um semeador. A semente só nasce, cresce e frutifica se for semeada. Segundo, o semeador não pode fazer a semente crescer. O semeador pode plantá-la e regá-la, mas só Deus pode fazê-la crescer. Nas palavras de Charles H. Spurgeon, “é mais fácil eu acreditar que um leão tornar-se-á vegetariano do que acreditar que uma vida sequer possa ser salva pelo esforço humano”. Terceiro, o semeador não pode entender como a semente cresce. Deus age misteriosa, poderosa e inexplicavelmente na implantação de seu reino.

           

Em segundo lugar, o progressivo desenvolvimento do reino de Deus (Mc 4.27,28). A semente lançada na terra cresce imperceptivelmente. A Palavra de Deus é incorruptível. Quando é semeada no coração humano, ela age secreta e eficazmente. A Palavra de Deus cresce automaticamente. A semente mostra seu poder, sem causas visíveis e sem esforço humano. O semeador espalha a semente, o pregador expõe, ilustra, adverte, confronta, consola e chama as pessoas ao arrependimento, mas ele não pode produzir esses efeitos. A princípio ele não vê resultado de seu trabalho, porém, surpreendentemente ele olha novamente e vê homens e mulheres, jovens e velhos, ricos e pobres, doutos e indoutos sendo transformados pelo poder da Palavra. A semente cresce invencivelmente. Ninguém pode deter o seu poder nem neutralizar seus resultados. O reino de Deus é vitorioso. A semente cresce gradualmente: Primeiro a erva, depois, a espiga, e, por fim, o grão cheio na espiga. Um grande carvalho hoje foi uma semente ontem. Ontem recém-nascidos, hoje pessoas maduras na fé. Deus não apenas está determinado a nos levar para o céu, mas, também, a nos transformar à imagem do Rei do céu.

           

Em terceiro lugar, a gloriosa consumação do reino de Deus (Mc 4. 29). Há duas verdades retratadas neste versículo em apreço. A primeira delas é que o fruto maduro fala acerca da perseverante obra de Deus em nós. Deus nunca desiste daqueles a quem ele salva. Nossa salvação está garantida não pelo nosso esforço, mas pela ação poderosa de Deus. A segunda verdade é que a colheita final mostra a gloriosa e absoluta vitória do reino de Deus. A segunda vinda do Senhor Jesus será o dia mais glorioso da história. Ele virá com grande poder e majestade para buscar a sua igreja. Todo olho o verá. Todo joelho se dobrará diante dele e toda língua confessará que ele é o Senhor, para a glória de Deus Pai. Receberemos, então, um novo corpo, um corpo semelhante ao corpo glorioso do Senhor Jesus. Todos nós seremos transformados e estaremos com ele para sempre, para contemplarmos sua face, deleitarmo-nos nele e reinarmos com ele pelos séculos sem fim.

 

Rev. Hernandes Dias Lopes

quarta-feira, 19 de outubro de 2022

A Vida é feita de escolhas








A VIDA É FEITA DE ESCOLHAS

 
“Vê que proponho, hoje, a vida e o bem, a morte e o mal [...]. Escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência” (Dt 30.15,19).
 
Fazer escolhas não é uma escolha. É imperioso fazermos escolhas. É impossível passar pela vida sem tomarmos decisões. Até os indecisos decidem. Eles decidem não decidir. Há escolhas sábias e escolhas insensatas, mas nunca escolhas sem consequências. Quais escolhas devemos fazer?
 
Em primeiro lugar, devemos escolher a vida e não a morte. Deus sempre coloca diante de nós a vida e a morte e nos exorta a escolher a vida. O bem e o mal estão no cardápio de nossas escolhas. Escolher a vida é optar pelo caminho que conduz à salvação. Escolher a morte é virar as costas para Deus e rumar célere para a perdição eterna. Deus não tem prazer na morte do perverso, mas em que ele se converta e viva. O caminho da salvação é estreito, mas conduz à vida; o caminho da perdição é largo, mas seu fim é a morte eterna. A porta da salvação é estreita, mas é a única que conduz à salvação, à provisão e à liberdade. Essa porta é Jesus. A porta da condenação é larga e são muitos os que entram por ela, mas o fim de todos esses é a perdição eterna. Não hesite. Faça, agora mesmo, opção pela vida!
 
Em segundo lugar, devemos escolher a liberdade e não a escravidão. A liberdade é um bem maior e melhor do que a própria vida. Porém, não raro, a escravidão vem disfarçada, fazendo ruidosa propaganda de liberdade. Aqueles que defendem o aborto, dizem que a mulher é livre para arrancar de seu ventre o bebê que está sendo gerado, como se fosse uma verruga pestilenta, mas escondem os horrores da culpa pelo crime de sangue de assassinar um inocente indefeso no mais sagrado santuário da vida. Aqueles que defendem a liberação das drogas o fazem em nome da liberdade, mas escondem o horror enfrentado pela família ao conviver com o cárcere emocional de ter um dependente químico em casa. Aqueles que defendem a ideologia de gênero, drapejam suas bandeiras em nome da liberdade de escolha, mas não mostram o medonho conflito físico, moral e espiritual vivenciados por aqueles que mudaram o seu modo natural de viver. A sociedade rendida à ditadura do relativismo aplaude a destruição dos valores morais que sustentaram as nações como se esse desbarrancamento da virtude fosse um progresso, porém, labora contra si mesma, pois nesse caminho de libertinagem só se colhe frustração a decadência.
 
Em terceiro lugar, devemos escolher a democracia e não a ditadura. Há muitas ideologias que fazem propaganda de democracia, mas na verdade, laboram pela supressão dos direitos fundamentais. Falam de justiça social, mas nivelam a todos na pobreza. Discursam em favor dos pobres, mas usam-nos como massa de manobra para se perpetuarem no poder e reduzir todos à miséria. Falam de paz, mas os súditos que vivem debaixo do seu tacão são oprimidos pela truculência. Falam de liberdade, mas os cidadãos de sua autocracia não são livres para, se sequer, sair de seus países totalitários. Falam em oportunidades para todos, mas usam todos como escravos para manter o luxo de seus palácios.
 
Em quarto lugar, devemos escolher os valores absolutos e não o relativismo moral. Os fundamentos da nossa sociedade estão sendo atacados. Os marcos estão sendo removidos. Os valores morais estão sendo colocados de cabeça para baixo. A sociedade rendida à ética flácida e situacional não apenas tolera o erro, mas inverte os valores. Transformam o mal em bem, as trevas em luz e o doce em amargo. A ética judaico-cristã tem sido atacada com rigor desmesurado nos parlamentos, nas cortes, na grande mídia, na literatura, nas escolas e nas ruas, mundo a fora. Fazem troça da virtude e aplaudem os vícios. Promovem a degradação moral e zombam da castidade. Atacam o casamento e defendem o sexo sem compromisso. Escarnecem da família e promovem a ideologia de gênero. Sacodem o jugo suave de Cristo e colocam o pescoço debaixo da canga pesada do secularismo ateu.
 
Hoje precisamos fazer nossas escolhas. Que sua escolha seja por Deus, pela vida, pela liberdade, pela família! Se escolhermos bem, viveremos bem, agora e por toda a eternidade!
 

Rev. Hernandes Dias Lopes 

domingo, 28 de fevereiro de 2021

 

VENCENDO A TRISTEZA PELA TERAPIA DA PALAVRA DE DEUS



            O SALMO 119 é o maior Salmo da Bíblia. Seu foco principal é a excelência da palavra de Deus como conteúdo de nossa fé, como fonte de nosso consolo e como remédio para nossos males. Neste Salmo, o cantor sacro abre sua alma e fala de suas tristezas e como triunfar sobre elas.

            Em primeiro lugar, as lágrimas da alma podem ser estancadas pelo fortalecimento da palavra de Deus (Sl 119.28). “A minha alma, de tristeza, verte lágrimas; fortalece-me segundo a tua palavra”. Há momentos em que as torrentes de lágrimas que brotam de nossa alma são mais copiosas do que as torrentes que vertem dos nossos olhos. A tristeza não apenas abate o rosto, mas também entristece a alma. O remédio para essa tristeza não é encontrado nas terapias humanas nem nos rituais religiosos, mas no fortalecimento procedente da palavra de Deus.

            Em segundo lugar, as angústias do crente são curadas pela vivificação da palavra de Deus (Sl 119.50). “O que me consola na minha angústia é isto: que a tua palavra me vivifica”. O salmista não tem receio de admitir sua angústia. Ele está amassado por sentimentos avassaladores, atordoado por circunstâncias medonhas e atribulado por uma angústia esmagadora. Onde encontrar consolo? Para onde correr nessa hora? O autor sacro encontrou consolo e vivificação na palavra de Deus.

            Em terceiro lugar, a angústia faz perecer, mas a palavra de Deus traz prazer (Sl 119.92). “Não fosse a tua lei ter sido o meu prazer, há muito já teria eu perecido na minha angústia”. A angústia que nos assola, por vezes, é tão cruel que pensamos que não vamos aguentar. É como um tsunami que nos engole sem que consigamos reagir às ondas gigantescas. Onde encontrar prazer, quando a vida parece só mostrar sua carranca para nós? Onde encontrar um porto seguro para encorar nossa alma assolada pelos vendavais da vida? Onde beber as delícias da alegria, quando tudo o que sorvemos na vida é o cálice amargo da dor? O salmista, com entusiasmo, confessa que não fora a lei de Deus ter sido o seu prazer, ele teria sucumbido há muito tempo à sua angústia. Ó que poder terapêutico tem a palavra de Deus! Ó que consolo bendito ela traz à alma aflita!

            Em quarto lugar, a aflição superlativa deve levar-nos a uma súplica urgente (Sl 119.107). “Estou aflitíssimo; vivifica-me, Senhor, segundo a tua palavra”. O salmista é um homem de Deus, mas não tem imunidade especial. Ele anda com Deus, mas não é poupado das dores naturais dos mortais. Ele não esteve muito aflito no passado remoto nem estará aflitíssimo num futuro distante. Ele está aflitíssimo agora. Enquanto escreve, seu coração está apertado pela dor, sua alma está gemendo de aflição e seus olhos são fontes de onde escorrem lágrimas amargas. Sua súplica é urgente. Mas ele não recorre a homens, mas ao Senhor da aliança. Não busca os recursos da terra, mas invoca a vivificação que emana do céu. O reavivamento que anseia é rogado ao Senhor e procede do Senhor. A fonte desse reavivamento é a palavra de Deus. A restauração é segundo a palavra de Deus e não segundo a diretrizes humanas.

            Em quinto lugar, a aflição escraviza, mas a lei de Deus traz esperança (Sl 119.153). “Atenta para a minha aflição e livra-me, pois não me esqueço da tua lei”. O salmista, inobstante não se esquecer da lei de Deus, está aflito. A vida cristã não é uma estufa espiritual nem uma bolha que nos esconde das aflições deste mundo. O povo de Deus está sujeito às vicissitudes comuns dos mortais. Eles bebem, também, as porções amargas da providência carrancuda. Nessas horas, devemos clamar ao Senhor para observar nossa aflição e ainda pedir a ele livramento de nossas dores. O argumento usado pelo salmista para estadear seu pleito diante de Deus é que ele não se esquecia da lei do Senhor. Nas suas aflições, não ergueu seus punhos contra Deus como fez a mulher de Jó nem virou as costas para Deus como fez a mulher de Ló. Ao contrário, reavivou ainda mais sua memória para guardar a palavra de Deus. Ó que Deus nos ajude a ter a mesma experiência do salmista: “Grande paz têm os que amam a tua lei; para eles não há tropeço” (Sl 119.165).

Rev. Hernandes Dias Lopes

sexta-feira, 3 de abril de 2020

Que estação estamos? Será que se não tivéssemos calendário saberíamos identificar as estações ou quando chegariam? Essa resposta parece ou ate é simples de ser dada! Jesus propõe-nos mais uma parábola, bem conhecida a parábola da figueira registrada nos evangelhos de Lucas 21.29 Marcos 13.28 e Mateus 24.32, e nela nos chama, aconselha e exorta a vigilância usando um exemplo do nosso dia a dia. Ainda lhes propôs uma parábola, dizendo: Vede a figueira e todas as árvores. Quando começam a brotar, vendo-o, sabeis, por vós mesmos, que o verão está próximo. Assim também, quando virdes acontecerem estas coisas, sabei que está próximo o reino de Deus. Em verdade vos digo que não passará esta geração, sem que tudo isto aconteça. Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão. Acautelai-vos por vós mesmos, para que nunca vos suceda que o vosso coração fique sobrecarregado com as consequências da orgia, da embriaguez e das preocupações deste mundo, e para que aquele dia não venha sobre vós repentinamente, como um laço. Pois há de sobrevir a todos os que vivem sobre a face de toda a terra. Vigiai, pois, a todo tempo, orando, para que possais escapar de todas estas coisas que têm de suceder e estar em pé na presença do Filho do Homem. Lucas:21.29-36
Por que será que Jesus usou as estações e o florescer das arvores e a chegada do verão para nos passar este ensinamento e nos exortar a estarmos preparados? Olhando para as estações vemos de forma bem clara a maneira didática de Jesus ensinar, ele poderia ter dito, quando os seus ramos ficam verdes, e as folhas começam a brotar sabeis que é chegada a primavera, mas ao invés disso, Ele disse; vocês sabem que está chegando o verão, pontuando Ele eleva a nossa visão, tirando ela de sobre o que nos deixaria perplexo atônitos tanto a primavera com o seu florescer aroma e beleza, quanto ao que exemplifica, com sua sórdida beleza os prazeres deste mundo orgias embriagues e outras coisas que o Diabo usa como artimanha para deixar nos admirados e envolvidos, mas também esse período que antecede o verão na parábola típica o principio das dores, e a tribulação que seguira, olhar para o florescer destes acontecimentos talvez nos tragam grande perplexidade e admiração, por isso torno a perguntar, Que estação estamos? Respondo, o verão esta próximo, o reino de Deus esta próximo, o sol da justiça já brilha. O seu chamado é claro, estejam atentos a todos os sinais, sinas dos fenômenos naturais, sinais das guerras ou rumores destas guerras, sinais do aparecimento de falsos lideres religiosos que destorcem a verdade, sinais dos livros proféticos da Bíblia, sinais de grandes epidemias. Esta mensagem faz parte de um ensinamento "alerta" bem mais amplo que Jesus da a respeito da indagação dos seus discípulos, Conte para nós quando é que isso vai acontecer. Que sinal haverá para mostrar que chegou o tempo de o senhor voltar e de tudo acabar? Jesus deixou bem claro, será que estamos atentos a que estação nos encontramos hoje, que tempo estamos vivendo, o Senhor Jesus conduza nossos corações e mentes para a sua palavra para estarmos preparados na oração para sermos revestidos do seu poder, para mais que esperarmos, esperançarmos na certeza de que o verão 'reino de Deus' vira com todo o seu fulgor, e estando Nele, a beleza da primavera deste mundo não nos fascinara.

quinta-feira, 26 de março de 2020

QUAL É A ORIGEM DO UNIVERSO?



Qual é a origem do universo? Surgiu espontaneamente? É resultado de uma mega explosão? É fruto de uma evolução de milhões e milhões de anos? Ou foi criado? É evidente que o universo é formado de matéria e energia, e matéria e energia não criam a si mesmas. Também é sabido que o universo é governado por leis e leis não estabelecem a si mesmas. Fica a pergunta: De onde veio a matéria? Quem estabeleceu as leis que governam o universo? O livro de Gênesis nos oferece resposta a estas perguntas.
Destacaremos três verdades preciosas pontuadas no início do livro dos inícios:
Em primeiro lugar, Deus, o Pai é a fonte de todas as coisas (Gn 1.1). “No princípio criou Deus os céus e a terra”. Este texto deita por terra a ideia de que a matéria é eterna. Também refuta o ateísmo, o panteísmo, o politeísmo e o evolucionismo. O universo teve um começo, porque antes do começo só Deus existia. Só Deus é eterno. O universo não foi criado, no princípio, de matéria preexistente. Deus trouxe à existência o que não existia. Do nada, ele tudo fez. Deus trouxe à existência a terra e os céus. Todos os mundos estelares foram criados. Todo este vasto universo, com mais de noventa e três bilhões de anos-luz de diâmetro tem o próprio Deus como sua única fonte.
Em segundo lugar, Deus, o Espírito Santo é o energizador de todas as coisas (Gn 1.2). “A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas”. Há alguns estudiosos que tentam ver neste versículo um hiato de tempo entre a criação original e o aparente caos aqui descrito. Os defensores dessa teoria do hiato tentam encaixar nesse período a queda no mundo angelical. Porém, a teoria do hiato é uma tentativa de conciliar o registro da criação com o evolucionismo, a fim de justificar que a terra é muito mais antiga que a raça humana. O texto, porém, não nos permite essa interpretação. A narrativa da criação em Gênesis 1 fala sobre as etapas pelas quais Deus trouxe forma à terra informe e seres vivos à terra vazia. Não há contradição entre o registro do versículo 2 com a narrativa da criação inicial do versículo 1. A criação inicial (versículo 1 e 2) não estava completa, como se constata no final do sexto dia da criação. Ela foi sendo realizada em etapas. Poderíamos então traduzir os dois primeiros versículos assim: “No princípio Deus criou o espaço e a matéria, e a matéria criada era inicialmente sem forma e inabitada”. O Espírito Santo pairava sobre as águas, energizando a obra criada, trazendo vida à criação de Deus. Isso está de acordo com o que diz a Escritura: “Envias o teu Espírito, eles são criados, e, assim, renovas a face da terra” (Sl 104.30).
23Em terceiro lugar, Deus, o Filho é o revelador de todas as coisas (Gn 1.3). Disse Deus: Haja luz; e houve luz”. Deus criou por meio de sua Palavra. A Palavra é o Verbo e o Verbo fala da ação divina, como diz o apóstolo João: “Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez” (Jo 1.3). O Deus Filho é o agente da criação. Foi por meio dele que Deus fez o universo (Hb 1.2). O apóstolo Paulo diz: “Pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele” (Cl 1.16). O mesmo que trouxe luz das trevas, é aquele que resplandece em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo (2Co 4.6). Jesus é o Verbo divino, que se fez carne (Jo 1.1,14). Ele é a luz do mundo (Jo 8.12), em quem não há treva nenhuma (1Jo 1.5). Ele trouxe luz ao universo na criação e traz luz aos que são regenerados para uma vida esperança.

Rev. Hernandes Dias Lopes

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Se toda a Escritura é inspirada, como em 1 Coríntios 7:12 Paulo diz estar apenas dando a sua opinião?

paulo
Paulo declarou a inspiração de toda a Escritura em suas epístolas (Gálatas 1:11-17; 2 Timóteo 3:16-17). Entretanto, em 1 Coríntios 7:12, ele parece dar a entender que estava escrevendo sob sua própria autoridade, e não com a do Senhor, pois diz: “Aos outros eu mesmo digo isto, e não o Senhor” (1 Coríntios 7:12). E então, será que os conselhos dados pelo Apóstolo em 1 Coríntios 7 não são inspirados?
É importante entender que em 1 Coríntios 7:12, Paulo está se referindo ao fato de que o Senhor Jesus não abordou especificamente essa questão quando falou sobre casamento e divórcio (Mateus 5:31-32; 19:4-12). Assim, o próprio Paulo aborda precisamente essa questão de uma esposa crente permanecer com um marido descrente. E Paulo não tinha dúvida alguma quanto a possuir o Espírito Santo nessa questão, já que ele disse claramente: “também tenho o Espírito de Deus” (1 Coríntios 7:40). Assim, essa passagem não pode ser usada para mostrar que Paulo estaria dizendo não ter autoridade divina.
Por fim, de modo claro Paulo afirmou sua autoridade divina nessa mesma carta, declarando que o que ele escreveu eram “palavras ensinadas pelo Espírito” (1 Coríntios 2:13). De fato, ele conclui a carta dizendo: “Se alguém pensa que é profeta ou espiritual, reconheça que o que lhes estou escrevendo é mandamento do Senhor” (14:37). Portanto, suas palavras no capítulo 7 devem ser consideradas em harmonia com essas enfáticas declarações.

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

A NOSSA ESPERANÇA ESTÁ NO SENHOR


Há desespero na esperança humana. Nossos pilares não são suficientemente firmes para suportar os esbarros da vida. Tempestades borrascosas desabam sobre nós e, não raro, abalam nossas estruturas. Não somos suficientemente fortes. Nossa força, ainda que a mais robusta, não passa de consumada fraqueza. O nosso vigor físico, por mais exuberante, pode ser debilitado repentinamente por uma enfermidade agressiva. A estabilidade das riquezas é frágil demais para garantir-nos segurança ou proporcionar-nos felicidade. Os prazeres deste mundo e os deleites da vida, por mais variados e abundantes, não podem preencher o vazio de nossa alma. Nossas conquistas, diplomas e medalhas de honra ao mérito podem até massagear nosso ego por um tempo, mas não dão real e pleno significado à nossa vida. Ah, nossos amigos, por mais ilustres, não podem estar conosco para nos sustentar, quando cruzamos os vales profundos da sombra da morte. Nem mesmo nossa família pode nos acompanhar quando tivermos de atravessar os portais da morte. Precisamos de um refúgio verdadeiro e onipotente. Precisamos de um amparo seguro que nos agasalhe na hora da tempestade. Onde está esse refúgio? Não está na terra. Não está em nossa força nem em nossa sabedoria. Não está no dinheiro nem nos amigos. Não está em nós mesmos nem em nossa família. Nosso verdadeiro refúgio está em Deus. Nele está nossa esperança.
Por que Deus pode ser a nossa esperança?
Em primeiro lugar, porque ele nos criou e dele somos. Nossa vida não é fruto do acaso nem surgiu espontaneamente. Nossa vida não é resultado de uma evolução multi-milenar nem planejada apenas pelos nossos pais. Fomos criados por Deus. Foi ele quem nos formou de forma assombrosamente maravilhosa. Ele conhece cada célula do nosso corpo e tem bem contados cada fio de cabelo de nossa cabeça. Ele planejou nossa vida, pois nos amou antes mesmo de criar os céus e a terra. Somos dele por direito de criação. Porque ele nos criou e cuida de nós, pode ser o nosso refúgio.
Em segundo lugar, porque ele nos sustenta e nos protege. Deus não apenas nos criou, mas também cuida de nós. Nele vivemos, nos movemos e existimos. É ele quem nos dá respiração e tudo o mais. É ele quem nos guarda e supre nossas necessidades. É ele quem nos dá o pão de cada dia e preserva nossa vida. Nossa vida não está à deriva, jogada de um lado para o outro ao sabor das circunstâncias. Suas mãos dirigem o nosso destino. Ele nos cerca por todos os lados e põe sobre nós a sua mão. Ele é quem estende debaixo de nós seus braços eternos e nos carrega no colo.
Em terceiro lugar, porque ele nos perdoa e nos dá a vida eterna. Se fôssemos entregues à nossa própria sorte pereceríamos irremediavelmente. Nossos pecados são muitos e maligníssimos. Um só seria suficiente para nos manter fora do céu. Porém, Deus nos amou a tal ponto que deu o seu Filho unigênito, para morrer pelos nossos pecados e ressuscitar para nossa justificação. Ele não poupou a seu próprio Filho, para poupar-nos da condenação eterna. Ele moeu seu Filho na cruz, para suspender o castigo que devia cair sobre nós. Seu Filho morreu em nosso lugar para revelar-nos seu amor e sua justiça. Em Cristo temos pleno perdão e copiosa redenção. Dele recebemos a vida eterna e a garantia da salvação. Não precisamos temer o passado, porque já fomos perdoados. Não precisamos temer o presente, porque temos livre acesso à sua graça. Não precisamos temer o futuro, porque temos garantia da glória. Em Deus está a nossa esperança. Jesus é a nossa própria esperança. Nossa vida não é como uma descida ladeira a baixo, onde vamos lamentando e chorando, mas como um monte alcantilado, que vamos escalando, exultantes de alegria, porque a nossa esperança está no Senhor.

sábado, 20 de julho de 2019

 Uma frase sobre amizade diz que “antes de querer ter muitos amigos é preciso ser um bom amigo”. O que um bom amigo é capaz de fazer? O rei Salomão escreveu em Provérbios 17.17 que “o amigo ama sempre e na desgraça ele se torna um irmão”.

O apóstolo Paulo tinha esse amor pelas pessoas. Ele se preocupava em ajudar os outros e tinha certeza de que Deus o escolhera para servir anunciando a mensagem de Deus. Ele escreveu: “E Deus me escolheu para ser servo da Igreja e me deu uma missão que devo cumprir em favor de vocês. Essa missão é anunciar, de modo completo, a mensagem dele” (Cl 1.25). Ao anunciar o que Deus fez para salvar a humanidade, o apóstolo fazia isso com muito amor e alegria porque tinha certeza de que essa é a coisa mais importante que ele poderia fazer pelas pessoas.

Para muitas pessoas o plano de Deus ainda é um segredo. Por isso Deus chama e envia amigos de Deus que estão prontos para servir e anunciar a salvação em Jesus. Todo aconselhamento e ensino à luz da Palavra de Deus têm o objetivo de levar mais pessoas ao conhecimento da verdade, à vida com Deus neste mundo e no céu.

Colocar-se à disposição das pessoas para ajudá-las nos momentos difíceis é algo que somente um amigo de verdade pode fazer. Como é bom perceber que Deus coloca essas pessoas em nosso caminho também! O amor de Jesus move muitas pessoas a serem amigas umas das outras, estando sempre dispostas a servir com amor. Amigos assim são tesouros em nossa vida, pois são mensageiros da verdadeira paz e esperança.

Oremos: Jesus, obrigado pelos amigos que colocaste em minha vida e especialmente aqueles que estão sempre prontos para servir, levando o teu amor para mais pessoas. Usa-me nesse trabalho especial. Amém.

quinta-feira, 6 de junho de 2019

A CRUZ DE CRISTO, ONDE A JUSTIÇA E A PAZ SE BEIJARAM





“Encontraram-se a graça e a verdade, a justiça e a paz se beijaram” (Sl 85.10).
O texto em tela aponta para Jesus, o Verbo que se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade. Destaca a consumação de sua obra na cruz, onde a justiça e a paz se beijaram. A crucificação era a pena de morte mais cruel no primeiro século. Só os criminosos mais execrandos eram punidos com esse gênero de morte. Jesus foi condenado à morte e morte de cruz, sob a acusação injusta de crime contra Deus (blasfêmia) e contra César (fazer-se rei). O poder religioso e o poder político se uniram para condenar Jesus à morte. Judeus e gentios fizeram uma aliança espúria para matarem o Autor da vida.
A morte de Cristo foi o maior crime da história e ao mesmo tempo o maior gesto de amor. Do ponto de vista humano, os homens o mataram com mãos de iníquos. Do ponto de vista de Deus, ele foi entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus (At 2.23). A cruz de Cristo tornou-se o cenário mais vívido para demonstrar o amor e a justiça de Deus. Naquele palco de horror, o amor de Deus foi despejado abundantemente, pois o Pai não poupou a seu próprio Filho, antes por todos nós o entregou (Rm 8.32). Deus nos amou de tal maneira que deu seu Filho unigênito (Jo 3.16). Deu-o para vir habitar entre nós. Deu-o para morrer por nós. Deu-o para levar sobre si os nossos pecados. Ao mesmo tempo, a cruz revela a justiça de Deus, pois na cruz o Pai puniu, no seu Filho, os nossos pecados. Cristo morreu pelos nossos pecados segundo as Escrituras.
Era impossível o homem pecador ser reconciliado com o Deus santo sem que seu pecado fosse punido e sem que sua culpa fosse removida. Pois Jesus se fez pecado por nós, carregando sobre o seu corpo, no madeiro, nossas transgressões. Deus lançou sobre ele a iniquidade de todos nós. Ao morrer por nós, em nosso lugar, morte vicária, ele pagou a nossa dívida, abrindo-nos os portais do perdão. Fomos justificados. Agora não pesa mais nenhuma condenação sobre aqueles que estão em Cristo Jesus. Em vez de culpa, temos toda a infinita justiça de Cristo, creditada a nós. Fomos reconciliados com Deus. Agora temos paz com Deus em relação ao passado, acesso à graça em relação ao presente e esperança da glória em relação ao futuro. Estamos quites com a lei de Deus e cobertos com a justiça de Cristo. A cortina que nos separava de Deus foi rasgada de alto a baixo. Fomos aceitos no Amado. Somos filhos e membros da família de Deus. Somos herdeiros de Deus e coherdeiros com Cristo. Nada nem ninguém pode separar-nos do amor de Cristo. Estamos seguros nos braços de Cristo. De suas onipotentes mãos ninguém pode nos arrebatar.
Na cruz de Cristo, a justiça e a paz se beijaram. A justiça foi feita, pois Deus puniu nosso pecado em seu Filho. Na cruz de Cristo, Deus reivindicou sua justiça e satisfez todas as demandas de sua lei. Ao mesmo tempo que ele é justo, também é o justificador daqueles que creem. Nós que éramos fracos, ímpios, pecadores e inimigos de Deus fomos aproximados pelo sangue de Cristo e, por isso, temos paz com Deus. A cruz é o cenário onde houve esse bendito encontro da justiça e da paz. Ali a justiça e a paz deram as mãos. Ali a justiça e a paz se beijaram, selando a nossa eterna redenção.
Não por outra razão, o apóstolo Paulo, o grande bandeirante do cristianismo, disse: “Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo” (Gl 6.14). Ainda: “Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado” (1Co 2.2). Que o nosso coração renda louvores a Deus, pela mensagem da cruz! Que nos gloriemos na cruz de Cristo, em nossa jornada rumo à glória!
Rev. Hernandes Dias Lopes

domingo, 10 de fevereiro de 2019

domingo, 18 de novembro de 2018

Como manter uma igreja viva?

 
Uma das passagens mais dramáticas da Bíblia é Isaías 1:10-20, onde o profeta repreende a Igreja do Antigo Testamento, chamando seus líderes de príncipes de Sodoma e Gomorra, cidades famosas pela devassidão e iniquidade. O povo de Deus havia se corrompido ao ponto de Deus não mais ter qualquer prazer em receber o culto e a adoração dele. Infelizmente, esse quadro de decadência e corrupção da Igreja de Deus neste mundo se repetiu por muitas vezes através da história. Nestes períodos o povo de Deus esfria em sua fé, endurece o coração, persevera no pecado e serve de péssimo testemunho ao mundo.
Nosso dever como Igreja e cristãos individuais é evitar que a decadência espiritual entre em nossas vidas. Existem quatro coisas que podemos fazer para evitar o declínio espiritual da Igreja, com a graça de Deus:
(1) Tratar o pecado com seriedade. Nada arruina mais depressa a vida espiritual de uma comunidade do que permitir que os pecados dos seus membros permaneçam sem ser tratados como deveriam. Lemos na Bíblia que quando Acã desobedeceu a Deus, toda a comunidade sofreu as conseqüências. Nossos pecados não são problema: mas os nossos pecados ocultos, escondidos, não confessados, arrependidos, se constituem um tropeço espiritual, que entristece o Espírito de Deus, e acaba se espalhando pela Igreja e envenenando os bons costumes e a fé.
(2) Zelar pela sã doutrina. A verdade salva e edifica a Igreja, mas a mentira é a sua ruína. O erro religioso envenena as almas e desvia o povo dos retos caminhos de Deus. O Senhor Jesus criticou severamente a Igreja de Pérgamo por ser demasiadamente tolerante para com os falsos mestres que infestavam a comunidade com falsos ensinos (Apocalipse 2.14-15). Da mesma forma, repreendeu a Igreja de Tiatira por tolerar uma mulher chamada Jezabel, que se chamava profetiza, e que ensinava os membros da Igreja a praticar a imoralidade (Apocalipse 2:20). Devemos ser pacientes e tolerantes, mas nunca ao preço de comprometermos o ensino claro do Evangelho.
(3) Andar perto do Senhor da Igreja. É Deus quem nos mantém firmes e puros. A Bíblia diz que se nós nos achegarmos a Deus, ele se achegará a nós. A Bíblia também nos ensina que Deus estabeleceu os meios pelos quais podemos estar em contínua comunhão com Ele. Estes meios são: os cultos públicos, as orações e devoções em particular, a leitura e a meditação nas Escrituras, a participação regular na Ceia do Senhor. Cristãos que deixam de usar estes meios acabam por decair espiritualmente, como uma brasa que é afastada da fogueira e logo perde seu calor. A negligência destes meios de graça abre a porta para a acelerada decadência espiritual e moral de uma Igreja.
(4) Estar aberta para reformar-se. O lema das Igrejas que nasceram da Reforma foi “Eclesia Reformata Semper Reformanda”. Ou seja, a Igreja deve sempre estar aberta para ser corrigida por Deus, arrepender-se de seus pecados e reformar-se em conformidade com o ensino das Escrituras. Nas cartas que mandou às igrejas da Ásia Menor através do apóstolo João, o Senhor Jesus determinou às que estavam erradas a que se arrependessem e retornassem aos retos caminhos de Deus (Apocalipse 2.5,16,21; 3.3,19). Elas precisavam ser reformadas e mudar o que estava errado. Existe grande perigo para uma igreja quando ela se fecha em si mesma, e deixa de ouvir a voz do seu Senhor, que deseja corrigi-la e traze-la de volta aos caminhos do Evangelho.
Estas medidas devem também ser aplicadas a nós, individualmente. Deveríamos procurar evitar a decadência espiritual da nossa prática religiosa, mantendo acesa a chama da fé pela freqüência regular aos cultos, pela leitura diária da Bíblia, por uma vida de oração e comunhão com outros irmãos. Infelizmente, por negligenciarem sua vida espiritual, muitos cristãos estão contribuindo para enfraquecer o testemunho das igrejas evangélicas no mundo.

domingo, 13 de maio de 2018

  OS DIAS DE NOÉ E OS DIAS ATUAIS.

 
E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do Homem. Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem (Mateus, 24.37-39).

No seu sermão escatológico, Jesus faz menção a muitos sinais que precederiam a sua vinda; entre eles está os dias de Noé. Jesus se refere aos dias de Noé como exemplo de uma sociedade degenerada,  entregue ao pecado e desapercebida das coisas de Deus. Jesus adverte que a sociedade atual estaria vivendo do mesmo modo que a sociedade antediluviana, totalmente entregue ao pecado e sem temor a Deus.

COMO ERA O MODO DE VIDA DA SOCIEDADE DA ÉPOCA DE NOÉ?

CÉTICA.
Uma sociedade descrente, alienada de Deus, vivendo de modo egoísta, voltada para os prazeres mundanos. Eles não acreditavam na pregação de Noé, nem tão pouco no Deus que Noé servia.

MATERIALISTA.
Uma sociedade sem temor a Deus, voltada para as coisas materiais, vivendo de acordo com o sistema secular da época, totalmente despercebida e desprovida das coisas espirituais.

CORROMPIDA (degenerada, entregue ao pecado).
A maldade da sociedade antediluviana havia se multiplicado, e toda imaginação dos pensamentos e do coração eram mal. A sociedade estava degenerada e totalmente entregue ao pecado.

COMO ESTÁ VIVENDO A SOCIEDADE ATUAL?

Com a multiplicação do pecado, a maldade do homem também se multiplicou. Comparando os dias de hoje com os dias de Noé, a sociedade atual está muito mais pervertida e degenerada pelo pecado.
O mundo atual tem uma população de mais de sete bilhões de pessoas, a modernidade trouxe muitas novidades, e o mundo secular ficou mais atrativo para o pecado. A semelhança da sociedade antediluviana, a sociedade atual está vivendo de modo materialista, cética e voltada para os prazeres mundanos. A sociedade atual está cega espiritualmente, totalmente pervertida e desapercebida quanto a volta de Jesus. Assim como os antediluvianos foram pegos de surpresa e pereceram pelas águas do dilúvio; do mesmo modo ocorrerá com está sociedade atual, será surpreendida com vinda do Filho do Homem, e sofrerá o juízo de Deus.
Na época de Noé todos pereceram no dilúvio, exceto Noé e sua família. E hoje, como escaparemos do juízo de Deus, se não atentarmos para nossa salvação na pessoa do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A arca foi o meio de salvação para o povo da época de Noé, e eles rejeitaram. Hoje a arca representa Cristo, o nosso único meio de salvação, e muitos estão o rejeitando.
Não rejeite a Cristo o Salvador, mas escape desta geração perversa e busque em Deus a sua salvação. Porque assim como foi nos dias de Noé, será também a vinda do Filho do Homem. Jesus breve vem. Amém! Maranata!

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

As situações em que se encontrava Nínive quando Deus a julgou

As situações em que se encontrava Nínive quando Deus a julgou
Naum 3.1-19

Introdução
1.Nínive era cruel demais com seus inimigos, torturando-os antes de matá-los, arrancando-lhes a língua, vazando-lhes os olhos.

2.A derrota de Nínive se deu por mãos divina: Os medos e babilônios sitiaram a cidade por dois anos, quando inesperadamente, a inundação do rio Tigre derrubou uma parte do enorme puro protetor e, assim, o exército entrou e conquistou Nínive.

3.Naum profetizou isso 20 anos antes (Na 2.6). Os muros de Nínive tinham 30 metros de altura e eram
bastante largos. Havia 1500 torres de vigia para a defesa. Uma vala de 50 metros de largura por 30 metros de profundidade circundava a cidade.

4.O capítulo 3 de Naum revela quais foram os motivos porque Deus destruiu a cidade. 150 anos antes Deus perdoou a cidade porque esta ouviu a mensagem de Jonas e se converteu.

Antes do juízo de Deus há situações que prevêem a queda
As situações em que se encontrava Nínive quando Deus a julgou

I.A situação de mentira, violência e roubo (v.1-3)
1.Nínive conquistava as cidades torturando os seus cativos. A violência é uma covardia, pois não deixa chance para as pessoas se defenderem a não ser com mais violência. Portanto, violência gera violência (v.1).

2.Nínive era uma cidade mentirosa no comércio e nos julgamentos. Os poderosos se estabelecem, muitas vezes, sobre a mentira. A mentira é um desvio do caráter e se não for corrigida logo se transforma em estilo de vida. Além da violência e mentira Nínive vivia do roubo, pois se enriquecia com os despojos das nações (v.1).

3.Esse é um aviso para uma sociedade. Quando a mentira, a violência e roubo são parte da sociedade, o juízo pode estar próximo. Individualmente, também, precisamos observar se não somos mentirosos, violentos e fraudulentos nos negócios.

4.Nínive ouviria os inimigos e os cavaleiros matando sem cessar o povo ninivita. Sofreram a violência que tanto os divertiu.

II.A situação de prostituição e feitiçaria (v.4-7)
1.Nínive atraía muitas pessoas por causa de suas riquezas e construções elegantes, mas também, por causa das prostituições. Uma sociedade está chamando juízo para si mesma quando há um incentivo à degradação sexual (v.4).

2.A feitiçaria é um pecado que afronta Deus diretamente, pois só Ele é o doador da vida e quem se envolve com feitiçaria se envolve, também, com a necromancia e ninguém tem o poder de lidar com aqueles que já partiram deste mundo. Nínive desfazia reinos seduzindo os moradores com sua prostituição e feitiçaria (v.4).

3.As sociedades estão em decadência quando o espiritismo e a prostituição são permitidos por detrás de fachadas aparentemente lícitas como o mundo artístico que promove os dois pecados sem nenhuma censura, pois conseguiram abolir a censura.

4.Assim como Nínive incentivou a prostituição, Deus a envergonharia expondo a sua nudez ao mundo. Os povos buscavam em seus feiticeiros o consolo para as suas doenças e problemas, mas agora, fugirão do juízo que está em Nínive (v.5-7).

5.O crente deve fugir da prostituição e de tudo o que é imoral. A nossa fé está alicerçada na Pessoa de Jesus Cristo e, portanto, fugimos de toda a idolatria e feitiçaria, também.

III.A situação semelhante ao Egito (v.8-10)
1.Parecer-se com o Egito em sua glória era o desejo de todas as nações, mas Nínive está parecida com o Egito em sua queda. A cidade de Nô-Amom ganhou este nome por causa de Cão, filho de Noé e Amom, que era como chamavam Júpiter, um planeta que era adorado. Portanto, era uma cidade idólatra e totalmente protegida pelo mar Mediterrêneo, o Mar Vermelho e o rio Nilo (v.8).

2.Nínive era semelhante a Nô-Amom, pois era protegida pelos grandes rios Tigre e Eufrates. A sensação de segurança faz as pessoas serem arrogantes, mas é uma falsa sensação e um sintoma de que a queda está próxima.

3.Os habitantes da Mauritânia (os de Pute) e os líbios eram o refúgio de Nô-Amom, assim como todo o Egito e a Etiópia. Não havia, aparentemente, nada a temer. Estavam totalmente protegidos, mas não suportaram os caldeus. Nínive, também, estava em perigo, mas pensava que estava totalmente protegida (v.9-10).

4.Não apenas a mentira, a violência, o roubo, a prostituição e a feitiçaria são prenúncios de queda, mas a arrogância como o Egito são um forte aviso de que o juízo está por vir.

IV.A situação irremediável (v.11-19)
1.Poucos têm medo que a sua situação esteja chegando a um ponto de ser irremediável. Sempre se pensa que ainda a queda é algo muito longe e que não precisamos nos preocupar. Satanás engana aqueles que estão caindo.

2.Nínive será embriagada com o cálice da ira de Deus. Assim como um bêbado foge, temendo os seus inimigos imaginários, Nínive fugirá, mas de inimigos reais, os caldeus e os medos (v.11).

3.A cidade de Nínive era muito famosa por suas fortalezas e muralhas. Mais de 1500 torres de proteção serão insuficientes, pois embora os exércitos não tinham acesso, o rio Tigre se tornou incontrolável com sua enchente e acabou derrubando uma parte da muralha, deixando a cidade vulnerável. Os muros balançaram como figueiras com figos maduros. Os inimigos não fizeram nada além de receberem o presente do rio Tigre e conquistarem a impenetrável Nínive (v.12).

4.Os soldados ninivitas são como mulheres, ou seja, não oferecem resistência e as portas estão escancaradas diante dos exércitos. Não havia remédio para Nínive. A situação se tornou irremediável (v.13).

5.A situação é desesperadora, pois é como se Nínive podia, agora, diante da invasão, amassar barro para fazer tijolos e consertar a muralha para se proteger. Não há nada que se possa fazer para segurar as águas quando estas chegam (v.14).

6.O exército de Nínive era muito grande e se multiplicava como os gafanhotos, mas morrerão como os gafanhotos pelos exércitos da Babilônia e da Média (v.15).

7.Nínive era a capital da Assíria, muito forte no comércio, mas os seus negócios nada serão diante do juízo de Deus, pois os exércitos inimigos serão como uma nuvem de gafanhotos que devora uma plantação, ou seja, todas as riquezas de Nínive serão roubadas (v.16).

8.O profeta Naum continua com a ilustração dos gafanhotos e diz que os príncipes serão como os gafanhotos que estão nas plantações na noite fria, mas quando vem o calor voam e não aparecem mais. O povo de Nínive ficará sem liderança no momento mais crítico de sua história. Quando a situação se torna irremediável não há líder que possa ajudar. Os problemas e pecados devem ser tratados, pois tudo fica mais difícil quando a situação se torna crítica e quase sem solução (v.17).

9.Nínive se tornou como ovelhas esparramadas nas montanhas enquanto os pastores dormem e não cuidam. Alguém sob o juízo de Deus está em perigo constante, pois está desprotegido do Sumo Pastor (v.18).

10.A situação de Nínive é irremediável. Tantos os que sofreram nas mãos dos assírios estão se regozijando. 150 anos atrás, o profeta Jonas aplaudiria, também. Nínive foi má para todos e, agora, todos vêem a sua queda (v.19).

Conclusão
1.Baseado nos exemplos bíblicos e até na observação podemos ver que antes da queda sempre há avisos e sintomas. Nínive, por exemplo, já estava dando sinais gritantes de sua queda. A mentira, a violência, a prostituição, a feitiçaria e a semelhança com o Egito fizeram que a situação se tornasse irremediável.

2.Cada pessoa deve, diante de Deus, observar se sua vida está dando sinais de uma possível queda. Cada pessoa deve perceber suas tendências para ver se essas não a estão levando a uma situação irremediável.

Pércio Coutinho Pereira, 03/04/2004